Saiba como a impressão 3D está sendo usada na urologia

As impressões tridimensionais são uma tecnologia um tanto recente, mas que já estão contribuindo em diversos segmentos do mercado de trabalho. Na medicina não é diferente e hoje diversas especialidades já estão adotando essa novidade para aprimorar seus tratamentos e oferecer soluções cada vez mais eficazes.

Para quem não sabe, uma impressora 3D é capaz de imprimir um objeto com formato tridimensional utilizando algum tipo de plástico (que varia e pode ser alterado de acordo com a finalidade do produto). As possibilidades são infinitas, já que basta a criação de um modelo 3D em um computador para que a impressora possa reconhecer cada face e assim imprimi-lo com perfeição.

A medicina já está estudando muitas formas de fazer bom uso desses recursos, principalmente em cirurgias delicadas como transplante de órgãos e substituição de tecidos cardíacos. Já com respeito à urologia, esses progressos já estão acontecendo!

Planejamento cirúrgico

Na urologia, a impressora 3D está sendo mais utilizada para fins de estudos e de planejamento cirúrgico. Através de uma anatomia 2D ou 3D, é possível reconstruir um rim de um paciente e, dessa forma, auxiliar estudantes de medicina a compreenderem melhor os tumores renais.

Antes disso, esse era um processo mais complicado, ainda que os estudantes já tivessem acesso a outras tecnologias úteis como tomografia computadorizada e ressonância magnética. Em algumas das instituições que já aplicaram esse método em seus cursos, foi observado um aumento de 30% na precisão de localizar tumores nos rins e na próstata.

Essa vantagem vai além do diagnóstico, também ajudando a preparar melhor os futuros cirurgiões da área.

Equipamentos e impressões

Partindo para algo mais técnico, as impressões tridimensionais também estão sendo utilizadas na fabricação de equipamentos voltados para procedimentos urológicos. Por enquanto os testes estão sendo realizados somente em ferramentas mais simples, como na produção de válvulas de stents ureterais, por exemplo. Os resultados até aqui foram positivos, então a tendência é que novos equipamentos recebam componentes fabricados em impressoras 3D, principalmente aqueles voltados para cirurgias.

Os principais avanços estão ficando a cargo das bioimpressões em 3D. Como dito anteriormente, isso já vem sendo estudado na medicina há algum tempo e o objetivo é conseguir imprimir componentes ou órgãos completos utilizando células orgânicas. A pesquisa ainda está em um estágio experimental e nenhum órgão foi impresso da forma esperada, mas a área da urologia já está fazendo progresso.

A previsão é que só seja possível imprimir um órgão inteiro nas próximas décadas, conforme essa tecnologia for aprimorada e oferecer ainda mais recursos. Porém, já é possível imprimir componentes orgânicos de forma isolada, como é o caso de microorganóides renais, uma fonte econômica de células renais. A partir disso, também é possível explorar a impressão de tecidos orgânicos e dessa forma fazer novos experimentos dentro da especialidade.

Tudo isso é apenas o começo e podemos esperar que a impressão 3D contribua muito mais com a medicina como um todo. Em um futuro nem tão distante, poderemos usufruir de tratamentos cada vez mais eficazes e, quem sabe, até mesmo encontrar a solução para vários tipos de doenças.