O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais incidente em homens no mundo inteiro, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma, que é o mais comum em ambos os sexos. No Brasil, a cada triênio há aproximadamente 65 mil novos diagnósticos da doença, um número preocupante que se mantém estável há muitos anos, o que reforça a importância de estarmos mais alertas com respeito a esta enfermidade.
O câncer de próstata acomete principalmente homens com mais de 50 anos de idade e possui diferentes abordagens no seu tratamento, variando de acordo com o estágio do tumor e o quadro de saúde do paciente. A doença pode ser tratada por vigilância ativa, radioterapia ou intervenção cirúrgica, a chamada prostatectomia.
A prostatectomia é o tratamento mais tradicional do câncer de próstata, consistindo em uma cirurgia delicada em que é removido parte ou toda a glândula, consequentemente também removendo o tumor. Esse é um procedimento delicado que inevitavelmente coloca o paciente em certos riscos, além de poder trazer algumas sequelas no pós-operatório como incontinência urinária e disfunção erétil.
Visando minimizar esses efeitos colaterais, a cirurgia robótica é uma alternativa altamente tecnológica e mais segura em muitos aspectos. Entenda mais a seguir.
Como funciona?
A cirurgia robótica para câncer de próstata é considerada um dos maiores avanços cirúrgicos das últimas décadas e um tratamento revolucionário para a doença. Ela aumenta consideravelmente as chances de cura e reduz boa parte dos riscos envolvidos na prostatectomia tradicional.
Esse é um procedimento minimamente invasivo realizado com o auxílio de um robô controlado pelo cirurgião através de um console específico, chamado de sistema DaVinci. São realizadas pequenas incisões no abdômen do paciente e por elas são inseridos os braços robóticos que realizarão a cirurgia. Um deles possui uma câmera acoplada na ponta para garantir uma visão tridimensional e precisa dos órgãos internos do paciente, assim garantindo ao cirurgião mais segurança no processo.
Todo o resto é realizado remotamente, com o cirurgião desempenhando sua função através do console do robô, sempre contando com o auxílio do monitor que transmite as imagens da câmera.
Quais as vantagens?
A primeira grande vantagem é que, por se tratar de um procedimento minimamente invasivo, o paciente sangra muito menos durante a cirurgia e não corre grandes riscos de sofrer uma hemorragia. Além disso, os braços robóticos garantem mais precisão cirúrgica ao profissional, então os riscos de acidentes são praticamente inexistentes. Acaba sendo mais fácil para o cirurgião e mais seguro para o paciente.
O tempo de internação do paciente também é menor, assim como a recuperação é mais rápida. As cicatrizes são pequenas e quase imperceptíveis, enquanto o período pós-operatório é bem mais tranquilo; o paciente ainda sente dores e desconforto na região operada, mas em menor intensidade.
Os riscos de disfunção erétil e incontinência urinária não são completamente eliminados, mas são bem mais fáceis de evitar. A precisão da cirurgia robótica permite ao cirurgião remover apenas o necessário e diminui o risco de lesões no esfíncter e nos nervos sacrais, dois componentes indispensáveis para essas duas funções.
A cirurgia robótica para câncer de próstata é definitivamente a melhor abordagem para se tratar a doença. Caso queira saber mais, procure um urologista.
Referências
https://urocad.com.br/blog/cirurgia-robotica-para-cancer-de-prostata/