A vasectomia é um dos principais métodos contraceptivos masculinos, assim como é um dos mais eficientes e seguros. Ainda que seja recomendada por muitos urologistas em casos de planejamento familiar, muitos homens têm medo de realizar esse procedimento devido à desinformação e aos boatos que existem a respeito dessa cirurgia.
As mulheres dispõem de diversas alternativas contraceptivas, sendo as pílulas anticoncepcionais e o DIU os mais utilizados. Já os homens possuem opções muito mais limitadas, então em quase todos os casos a vasectomia é a melhor opção.
Como funciona a cirurgia?
O procedimento é muito simples e dura cerca de 30 minutos, no máximo. Nele, o médico irá cortar os canais deferentes, que são responsáveis por transportar o esperma dos testículos até a uretra. Após o corte, as extremidades serão amarradas para evitar que se liguem novamente.
Isso não vai interferir em absolutamente nada no desempenho sexual, pois o efeito afeta unicamente os espermatozoides, que são o que realmente importa nesse assunto. Apenas 1% do sêmen ejaculado é composto por espermatozoides e a vasectomia faz com que eles não consigam alcançar a uretra. Sendo assim, o homem continua ejaculando normalmente, mas sem risco de engravidar sua parceira.
Vasectomia causa impotência?
Um dos maiores temores dos homens, que está diretamente relacionado com a desinformação, é ficar impotente após realizar a vasectomia. Isso é impossível, pois a cirurgia não interfere em nada relacionado com a produção hormonal do corpo.
O que faz com que um homem tenha uma ereção são seus hormônios, que são produzidos pelos testículos. A vasectomia interfere somente no transporte dos espermatozoides, então nada relacionado à produção hormonal ou ao desempenho sexual será afetado.
Inclusive, o corpo continua produzindo espermatozoides normalmente, mais uma prova de que os hormônios continuam desempenhando sua função sem complicações.
O efeito é definitivo?
A princípio sim, mas não é garantido. Existe uma pequena possibilidade dos canais se unirem novamente ou de haver um vazamento de esperma, mas isso é muito raro. O recomendado é que o paciente espere no mínimo 90 dias para começar a ter relações sexuais sem proteção, pois caso faça isso pouco tempo após a realização da cirurgia, pode ejacular espermatozoides que ainda estavam sobrando no canal.
Após 60 dias, o paciente deverá realizar um espermograma, um exame que verifica se ainda existe espermatozoides em sua ejaculação. Caso o médico responsável ateste que não há nenhum, o paciente já pode manter suas relações sexuais como desejar.
Para aqueles que realizaram a vasectomia e desejam reverter seu efeito, também é possível. Porém, a cirurgia é bem mais complexa e não é garantido que tenha 100% de sucesso. Quanto mais tempo se passou desde a vasectomia, menos chances de revertê-la por completo. Ainda assim, existe essa possibilidade.
Se você tem mais de 30 anos e quer tirar qualquer outra dúvida a respeito da vasectomia, procure um urologista! Marque uma consulta!
Referências
https://www.unimed.coop.br/web/portovelho/planejamento-familiar/10-mitos-sobre-a-vasectomia
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/34478-saude-do-homem-vasectomia