Câncer de Testículo: causas, tratamento e prevenção

O câncer no testículo ocorre quando um tumor maligno se desenvolve dentro do saco escrotal, nos órgãos que produzem os espermatozoides e a testosterona. Esse tipo de câncer é muito raro e apresenta um baixo índice de mortalidade, representando apenas 1% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil.

A maioria dos diagnósticos é em homens entre 15 e 50 anos de idade. Mesmo tendo grandes chances de ser curado, o câncer de testículo ainda é preocupante por, geralmente, se desenvolver durante a idade reprodutiva do homem e por ser facilmente confundido com doenças sexualmente transmissíveis.

Causas e sintomas

Não existem causas definidas para o desenvolvimento do câncer de testículo, mas alguns fatores de risco costumam estar relacionados com o diagnóstico. O fator de risco mais comum é uma condição de nascença chamada Criptorquidia, em que um ou os dois testículos não descem para a bolsa escrotal no momento da formação. Histórico familiar da doença, traumas e síndromes genéticas também estão relacionados com o desenvolvimento desse tipo de câncer.

O primeiro sinal do câncer de testículo é o surgimento de um nódulo duro no saco escrotal, geralmente localizado no lado direito. Ele não causa nenhuma dor e pode passar despercebido no início, mas como esse câncer é muito agressivo e suas células se multiplicam rápido, os outros sintomas não demoram para aparecer.

Após algumas semanas os testículos podem começar a aumentar ou diminuir de tamanho, é comum que o paciente sinta dores na parte de baixo do abdômen, a urina começa a vir com sangue e há um aumento na sensibilidade dos mamilos, decorrente das alterações hormonais causadas pelo tumor.

Em casos mais avançados, o homem pode sentir fortes dores nos testículos devido a possíveis hemorragias no órgão. Quando o paciente apresenta tosse constante, dores fortes nas costas e inchaços pelo corpo há possibilidades de que seja uma metástase, isto é, o câncer está se espalhando pelo corpo.

Como fazer o autoexame

Assim como qualquer câncer, quanto mais cedo o câncer de testículo for diagnosticado, maiores serão as chances de cura. Em circunstâncias normais, trata-se de um câncer que responde bem ao tratamento quimioterápico, por isso a maioria dos pacientes consegue alcançar a cura.

O próprio homem pode realizar o autoexame como forma de prevenção ou para conferir se o nódulo está evoluindo. É recomendável que o autoexame seja realizado uma vez por mês, sempre após um banho quente, pois temperaturas elevadas relaxam o saco escrotal e facilitam os sinais de qualquer anormalidade na região.

Apalpando o saco escrotal em frente a um espelho, deve ser procurada qualquer alteração de tamanho, peso ou dores ao menor contato. Também é necessário observar se há alterações em alto relevo na pele, manuseando os testículos com os dedos e reparando se sente alguma dor ao fazer isso. Os tumores costumam ficar nas laterais dos testículos, mas há a possibilidade de surgirem na parte de baixo.

Se não houver nenhum tumor, o homem não sentirá dor durante o exame. Deve-se apenas prestar atenção em alguns detalhes que são normais e podem ser confundidos com irregularidades: os testículos possuem tamanhos diferentes e é possível sentir o epidídimo (o canal que transporta o esperma) com as mãos, mas essas são características que devem ser ignoradas.

Ao primeiro sinal de um nódulo endurecido na bolsa escrotal, procure um urologista para realizar os exames necessários. Como citado, o diagnóstico precoce é fundamental para dar início ao tratamento e aumentar as chances de cura. Não se esqueça de também realizar os seus exames de rotina. A prevenção salva vidas!

 

Referências

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-testiculo

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estatistica-para-cancer-de-testiculo/8740/244/

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-cancer-de-testiculo/723/245/