Prostatectomia: entenda quando esta cirurgia é necessária

Prostatectomia radical é o nome dado para a cirurgia de retirada total da próstata, um dos procedimentos utilizados no tratamento do Câncer de Próstata localizado, localmente avançado e, atualmente, até em alguns casos de doença metastática podemos lançar mão da cirurgia para melhor controle da doença.

No mês de novembro é realizada a campanha Novembro Azul, que visa conscientizar a população masculina a respeito da importância de cuidar da saúde como forma de prevenção a doenças perigosas, com foco no Câncer de Próstata.

No Brasil, este é o segundo tipo de câncer mais comum em homens, assim como o segundo tipo com maior letalidade, ficando atrás somente do Câncer de Pele não melanoma. A doença atinge principalmente homens com mais de 50 anos de idade e os riscos podem aumentar com o passar dos anos.

Infelizmente, ainda existe muito preconceito em relação ao exame de toque retal, uma das principais formas de suspeitar da doença. Todo homem na faixa dos 50 anos precisa consultar um urologista anualmente como forma de prevenção, o que ainda não acontece como deveria. É por isso que alguns homens só descobrem que estão com câncer quando o tumor já está bem avançado, e nesses casos, a prostatectomia já não pode mais ser utilizada no tratamento da doença.

Como funciona?

Existem vários jeitos de se realizar a Prostatectomia, mas todos possuem a mesma finalidade: remover por completo a glândula da próstata, os tecidos ao redor e as vesículas seminais. Dessa forma, o tumor também é removido e o câncer eliminado, mas não deixa de ser um procedimento agressivo e muito delicado, que também envolve vários riscos.

A abordagem mais tradicional é a Prostatectomia radical aberta, em que é realizada uma única incisão para a retirada da próstata e dos tecidos adjacentes. Mas, ainda existem outras formas de se realizar a cirurgia: a perineal (com incisão entre o ânus e o escroto), a laparoscópica (pequenas incisões com utilização de instrumentos especiais minimamente invasivos) e a laparoscópica auxiliada pela robótica, sendo a opção mais moderna e tecnológica.

Independente da técnica trata-se de uma grande cirurgia, com riscos inerentes como qualquer outra, entre eles: complicações anestésicas, respiratórias e cardiocirculatórias, além das principais complicações locais como sangramentos, fístulas urinárias, incontinência urinária e disfunção erétil.

Pós-cirúrgico

Como já dito no início deste ARTIGO, a Prostatectomia é uma opção terapêutica indicada com intenção curativa para o câncer de próstata, tendo altos índices de sucesso e cura quando bem indicada e realizada por cirurgiões experientes.

As principais sequelas da cirurgia a médio e longo prazo são: incontinência urinária e disfunção erétil, cujas prevalências vêm diminuindo cada vez mais com o avançar das técnicas cirúrgicas e tratamentos de reabilitação.

Além disso, a cirurgia corta os ductos que levam os espermatozoides produzidos nos testículos para o meio externo, deixando o homem impossibilitado de fecundar por vias naturais, só sendo então possível engravidar a parceira, caso ainda queira manter a fertilidade, por técnicas de fertilização in vitro.

Por todos esses motivos, fica o alerta: cuide bem da sua saúde e, se já estiver com mais de 45 anos, não deixe as visitas ao urologista para depois. Quanto mais cedo você começar a se cuidar, melhor. Estamos todos juntos na luta contra o Câncer de Próstata!